Quantos passaram por aqui...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Déjà vu


Muitos de nós já sentimos essa sensação inquietante...
A de sentir que uma dada situação, nunca ocorrida,
se mistura com o sentimento de que de fato já aconteceu antes...
Às vezes, nos perguntamos se foi apenas um sonho.
Ou até mesmo...
ficamos paranóicos achando que podemos estar prevendo o futuro...Loucura! Mas, não podemos negar que isso passa em nosso consciente...
É ou não é?!


Uma sensação que até os psicólogos julgam ser impossível de estudar.

É um pouco intrigante você sentir que já esteve ali, naquela mesma posição, as mesmas roupas, e as mesmas palavras ditas!

Não ter a certeza de que já passou por esta mesma situação e se declarar uma pessoa louca...

(Exagero! rsrs)

Antecipar conversas, terminar frases das outras pessoas, perder a motivação para fazer o que quer que fosse, por achar que já o teria feito...


É como se o destino estivesse traçado!



by: Ariane Carvalho Xavier

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terça-feira, 15 de julho de 2008

Dias incertos



Há sempre um novo dia à espera de podermos vivê-lo intensamente? Pode ser...
Mas não se realiza nunca!
Será medo?
De realizá-lo e mais tarde se arrepender?
Ou, com maior exatidão: medo de ser feliz!
Medo seguido de uma autoconfiança nunca libertada...
De um desejo nunca realizado...
De palavras nunca ditas.
Será mesmo que existe um novo dia?
A vida nos dá oportunidades de fazermos acontecê-lo... Desperdiçamos!
O que se espera do amanhã?
Esperar que ressurja a oportunidade perdida?
Não se sabe quando ela retornará.
Só temos a certeza que o tempo perdido não volta nunca...
Mas, como diria Renato Russo: "Somos tão jovens!"


by: Ariane Carvalho Xavier

"Surpresaaa!"



Dia do meu aniversário. 20/05/08 (terça-feira)

 Tudo começou numa sexta-feira, quando ouvi cochichos na sala de aula entre Maryana e outras meninas falando de uma possível festa de aniversário surpresa (não sabem nem disfarçar! Já estava por dentro de tudo! rs').

Chega o dia tão esperado e Maryana, querendo me persuadir com suas invenções, me convida pra irmos pra pizzaria à noite, pois ela dizia estar com pouco dinheiro pra gastar com muita gente.
Acontece, que ela me pediu pra passar na casa dela às 20:40hs que fica beeeem longe, sendo que a pizzaria fica na rua da minha casa (estranho, não?!)...
Aceitei, é claro!
Mas, nesse dia tinha que ficar substituindo um funcionário na secretaria da escola que minha mãe trabalha. Então, minha mãe (envolvida nisso tudo) me libera mais cedo, às 20:00hs.
Fiquei à espera do horário marcado...
Enquanto isso, acessava meu Orkut e chega a louca da Isadora me piegando pra irmos logo... Fui, né!
No caminho, Mary liga perguntando onde eu estava e aproveitei pra perguntar quem se encontrava lá com ela. Na maior ingenuidade, ela me responde: "Só eu e Isadora"... E Isadora ao meu lado...
Errou feio!
Chegando lá, ela estava na calçada com seus irmãos.
Olhei para dentro da casa, e estava tudo escuro e as portas todas fechadas.
Foi quando ouvi alguns risos e cochichos vindos de lá de dentro...
Desabei na gargalhada e falei: "Podem rir, vocês não sabem nem desfarçar! kkkkk"
Isadora grita para dentro da casa: "Bárbara! Vá brincar com suas coleguinhas em outro lugar. Ficam fazendo bagunça!"
Novamente, ouço um estrondo vindo de lá, e uma pessoa chama por "Nayara", mandando calarem a boca. Hortência (irmã de Mary) fala: "O que é que essa menina tanto ri?"
Então, Poliana me chama para beber água lá dentro da casa.
Chamo Isadora e ela segue em direção à porta para abri-la.
Acontece que foram somente ela e Poliana na frente e eu continuei em meu lugar, encostadinha ao portão que fica do lado de fora. Só a espera do que iria acontecer.
Pensando que eu estava acompanhada delas, Isadora abre a porta...
A luz se acende e todos cantam "Parabéns pra você...".
Ao perceberem que não era a aniversariante que abrira a porta, todos morgaram.
Cantaram "Parabéns" pra Isadora e Poliana!! kkkk'
Logo depois, me encontram do lado de fora chorando de tanto rir...
Estraguei a surpresa de propósito!
Tentaram me pegar e eu que acabei pregando uma peça em todos...
Foi maldoso e hilário ao mesmo tempo, mas valeu a pena o restante da festa!  :D

by: A.C.X.


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Entre 4 paredes


Hoje me encontro aqui, escrevendo...
Nessas espessas folhas amareladas
de meu estimável caderno velho.
Suas folhas já estão se rompendo do arame
e rasgando e decompondo em suas bordas.
Já nem sei mais o que lhe escrever...
Todos os dias fico aqui,
sentada de pernas dobradas pra lhe apoiar
aqui... nessa cama marcada
onde me enfio todos os dias.
Meu quarto está banguçado,
já não o arrumo como antigamente.
Esses bonequinhos de porcelana em cima da estante
me olham todos os dias com essas expressões
de olhos esbugalhados.
Às vezes me dão medo, outras vezes tranqüilidade...
Não sei interpretar bem suas expressões
que me vigiam o tempo todo.
Estou impaciente com o silêncio.
Somente o som do ventilador que me perturba.
Gira para um lado, gira para o outro...
para um lado, para outro...
Essas paredes brancas, cor de neve,
me dão a paz e serenidade.
Às vezes penso estar num quarto de hospício,
por ficar sentada, isolada no canto da parede gelada
pensando no passado... no presente...
e como será meu futuro?
Essas quatro paredes grossas e extensas
escondem lembranças e meus segredos do consciente...
Dias em que desabafei contigo meu choro,
minha felicidade!
Minhas únicas confidentes:
quatro paredes brancas
e um diário velho e amassado.
As paredes me vêem e me escultam...
Já as folhas amareladas
(e a caneta falha)...
me entendem!
Meus verdadeiros psicólogos,
pois me permitem refletir e raciocinar.
E, muitas vezes é cruel!
A caneta já está falha...
Me esforço para que me deixe terminar.
Com sopros e esquentadas no canudo
tento escrever com muita calma e leveza
para sair tudo perfeito...
Esforço-me para fazer o primeiro traço do último nome,
assim como quando estamos aprendendo a escrever.
Na mais perfeita delicadeza,
faço variáveis voltas nas letras.
Vou em busca de um pingo de tinta...
Respiro fundo em minhas emoções
pra fazer minha última ação nessas folhas.
Faço meu ponto final [.]

by: Ariane Carvalho Xavier