Quantos passaram por aqui...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Quem você é?


Ao longo da vida, inúmeras vezes somos abordados por questionamentos, como: "Fale sobre você", "Como você é?", ou perguntas relacionadas ao mesmo assunto.
E assim, eu me pergunto: Como podemos nos descrever? Como somos dotados de tanto conhecimento sobre nossa própria personalidade, se vez ou outra nos pegamos fazendo/dizendo algo que nunca imaginamos poder o fazer?
Freud afirma que todos nós possuímos diferentes "Eus".
Um que todos conhecem; outro que apenas nós conhecemos; o terceiro apenas outros são capazes de enxergar e nem nós mesmos nos damos conta; assim como existe um EU que ninguém conhece, nem nós mesmos, nem qualquer outra pessoa... Este último é aquele que surge em momento eufórico, de ira ou uma outra situação desconhecida, e não tínhamos noção de ser capazes de agir de tal forma.
Então, o que faz nos descrevermos com tanta confiança se possuímos mistérios dos quais desconhecemos?

by: Ariane Carvalho Xavier

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Você já quis apagar a memória?




"Abençoados sejam os esquecidos, pois tiram o melhor de seus equívocos." (Nietzsche)

Ontem assisti ao filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" pela 3ª vez.
Um filme produzido pelos ilustres Charles Kaufman e Michel Gondry. Particularmente, fã.
Incrível como cenas, mesmo inúmeras vezes repetidas, nos comove da mesma maneira como vistas pela primeira vez. Da mesma forma como boas lembranças, de um passado um tanto distante, nos trazem um bem-estar grandioso, assim como uma angústia sem explicação.
O filme retrata a cena de um jovem casal que, vivendo juntos há dois anos, decidem apagar um ao outro da memória. Um relacionamento desgastado pelo tempo e por falta de atitudes, mas que um dia foram amantes da lua e das estrelas, deitados sobre um lago congelado.
Joel e Clementine - interpretados por Jim Carry e Kate Winslet, respectivamente - formam este casal que se conhecem por acaso em Montauk, à beira da praia.
À quem assiste ao filme, muitos se sentirão retratados no desenrolar da história.
Quem já teve um amor e um dia quis que fosse apagado da sua mente para sempre?
Muitos.
Durante o filme, relata um processo tecnológico de destruição da memória de Joel, que já tem sido esquecido por Clementine, onde as lembranças em que a pessoa que você ama estivesse presente, revivendo todos os momentos em um sonho e sendo apagadas uma a uma de forma decrescente no tempo, ou seja, todas as recordações desde as mais recentes ao momento em que se conheceram. 
O mais incrível é descobrir, em meio ao processo, que deseja cancelar o "apagamento" e, assim, poder guardar ao menos uma lembrança do amor da sua vida. Desejos se tornam realidade? Bem, assista ao filme.
Entra neste momento a controvérsia da escolha, pelo público espectador, do que seria mais sensato ou o que te faria feliz com apenas uma lembrança.
É aí que notamos o verdadeiro valor da passagem de alguém nas nossas vidas.
Momentos drásticos sempre acontecerão, mas são os instantes mais preciosos que desejamos para sempre guardar em nossas memórias.


[em construção]

by: Ariane Carvalho Xavier