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sábado, 16 de novembro de 2013

Sempre o meio do caminho...

Não é oito nem oitenta
Nem negativo nem positivo
Nem o escurecer da noite nem o raiar do dia
Nem a chuva tempestuosa nem o rachado da caatinga
Nem o susto da loucura nem o mesmo da lucidez
Nem há chama do Inferno nem há nuvens no Céu Sagrado
Nem no chão nem na beira da mais alta escada
Nem a água mais fria abaixo do oceano nem a vastidão do deserto

Nenhum dos dois extremos.
No meio do caminho.
Todos estão numa ponte entre dois precipícios.
Mas em algum momento a corda pende mais para um lado do que para o outro, 
a depender da força exercida sobre cada ponta.
Não é estar sobre um muro.
É não obcecar pelo seu lado direito ou esquerdo.
É ser realista.


Ariane Carvalho Xavier
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