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sábado, 14 de abril de 2012

Fingir, na hora rir.

O "fingimento", particularmente, sempre julguei como uma atitude da qual jamais seria capaz de praticar.
Hoje sim eu consigo fingir muitas coisas que nunca me imaginei fazer.
Fingir que não me importo...
Que esqueci... Que não amo mais...
Que ESTOU BEM.
Finjo um sorriso.
E tentar sorrir soa tão falso quanto dizer "Eu te amo" para a primeira pessoa que encontramos. Um "Eu te amo" que tanto custou a sair da minha boca durante toda a vida, e quando esta expressão aconteceu no momento mais oportuno e verdadeiro... Foi comparado pelo ouvinte como ter dito um "Oi".
Foi julgado erroneamente como "falso" e "fingido".
Sem confiança, sem estima.
Mas não foi.
Foi puro e verdadeiro.
Até mesmo trêmulo, e apnéico (sem ar).
Todas as funções do corpo entrando em choque, paralisando e o coração a saltar...
E mesmo assim, por todas as vezes expressadas e sentidas, não foi acreditado.
De que adianta então tentar provar agora, se foi tentado de diversas formas possíveis ser digna de verdade e nada acreditou?
Por que não se pode agora fingir tudo como inverso?
Neste momento, a realidade é que apenas me resta fingir e "sorrir".

(Ariane Carvalho Xavier)

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