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terça-feira, 17 de abril de 2012

De Gênio e Louco... Quem não tem um pouco?


A nossa sociedade, desde o período do Romantismo boêmio de Lord Byron até o nosso real presente da Era da Informação, tem-se esquivado cada vez mais de seus sonhos e caindo ao "Mal do Século", o que chamamos de depressão. A inteligência humana é trabalhada para evoluir seu QI e em inovações tecnológicas nesta geração, mas não trabalham a própria mente emocional.
Não só pesquisas, como também a visão que temos  deste sistema, indicam que mais de 20% dos jovens sofrem deste mal e que futuramente este número crescerá.

Já não é suficiente a depressão sofrida pelas pessoas na sua última fase da vida que é a "velhice", mas também, os jovens com suas mentes pessimistas diante de todo o caos em que o mundo é e sempre foi, adotam este pensamento de que a vida disso não passa, que estamos "atolados" num mundo de drama, miséria e corrupção social. Não estão errados.

Entretanto, de que adianta ser pessimista a ponto de cometer suicídios, praticar violência, agir em guerra contra religiões contra um "Deus" que não creem porque nada faz para mudar a situação, e desistir de tudo porque o mundo não tem nada a oferecer a não ser o mal? Muitos acabam seguindo estes caminhos por não encontrarem outro que lhes satisfaça e promova um  futuro digno que acabe com sua dor e decepção.

Eis aí, o que muitos intelectuais sociólogos, psicólogos, ou seja lá o que for, acham que entendem sobre a realidade mundial. Sábio não é aquele que sabe as respostas para tudo, mas aquele que vivencia e sabe tirar proveito de uma vida indigna.

Recomendo aqui um livro que li que consegue transformar os conceitos que os alienados possuem diante deste sistema social, sem apelo à apologias ou ideologias, sem forçar a sua mente a aceitar o que é imposto pela sociedade. Além de transformar a mente pessimista dos que já enxergam a alienação e "podridão" do sistema. Poderá até, reconhecer algumas das ideias de Nietzsche a respeito da loucura do homem.
O próprio título do livro já incita a esta ideia: "De Gênio e Louco Todo Mundo Tem Um Pouco".


Confesso que não sou fã do autor, Augusto Cury, justamente por ser escritor de livros classificados como de auto-ajuda e que não me convém. O considero um célebre escritor, de inteligência e sensibilidade louvável, fiel a suas ideias e modo de ver o mundo por uma ótica raramente vista pelos seres humanos. Porém, mesmo não sendo adepta aos livros de auto-ajuda, este livro tem estória _ que tem uma certa sequência ao livro "O Vendedor de Sonhos"_, tem me inspirado a dar valor a esta breve passagem no mundo, que chamamos de "vida".

Posso até citar um trecho da apresentação do livro:
"O conhecimento é a única ferramenta que nos retira da condição de servos do sistema social e nos torna autores da história, pelo menos da nossa história. Em minha opinião, os jovens de hoje e do futuro não poderão ser repetidores de ideias, mas pensadores. Precisarão se nutrir de um cardápio de conhecimento para desenvolver a consciência crítica, a solidariedade, o altruísmo, a capacidade de pensar antes de reagir, de pensar a longo prazo, de expor e não impor suas ideias, de se colocar no lugar dos outros, de respeitar as diferenças e ser um consumidor responsável. Precisarão libertar a criatividade para dar respostas inteligentes aos graves problemas que hoje se desenham. Precisarão se tornar seres humanos sem fronteiras, capazes de pensar na família humana e não apenas no solo em que seus pés pisam."


Para os que são educadores, o livro lhe dá um bom tapeamento no que é ser um verdadeiro educador, valorizando aqueles alunos que, aos olhos das pessoas, são seres incompreendidos, excluídos socialmente e parecem não contribuir em nada para o mundo. Estão entre estes, os "Galileus", "Isaacs Newtons", "Copérnicos", "Freuds", "Einsteins", "Piagets" da vida. São gênios que durante a idade escolar, apresentavam inabilidades graves em várias matérias, mas suas genialidades excepcionais estavam escondidas. Dotados também de transtornos compulsivos e psíquicos, eram considerados loucos, mas "Gênios Loucos". Quantos destes existem por aí e a sociedade os corrompe e são jogados debaixo do tapete? Estes citados tiveram sorte, isso sim.

Portanto, para melhor entendimento, leia primeiramente o livro o "Vendedor de Sonhos" (qualquer um das duas publicações, seja "O Chamado" ou "A Revolução dos Anônimos") e em seguida "De gênio e louco todo mundo tem um pouco".
É um livro de atenção agradável e proveitoso, sem se tornar cansativo e entediante.
Enfim... Tenha uma ótima leitura!

(Ariane Carvalho Xavier)

sábado, 14 de abril de 2012

Fingir, na hora rir.

O "fingimento", particularmente, sempre julguei como uma atitude da qual jamais seria capaz de praticar.
Hoje sim eu consigo fingir muitas coisas que nunca me imaginei fazer.
Fingir que não me importo...
Que esqueci... Que não amo mais...
Que ESTOU BEM.
Finjo um sorriso.
E tentar sorrir soa tão falso quanto dizer "Eu te amo" para a primeira pessoa que encontramos. Um "Eu te amo" que tanto custou a sair da minha boca durante toda a vida, e quando esta expressão aconteceu no momento mais oportuno e verdadeiro... Foi comparado pelo ouvinte como ter dito um "Oi".
Foi julgado erroneamente como "falso" e "fingido".
Sem confiança, sem estima.
Mas não foi.
Foi puro e verdadeiro.
Até mesmo trêmulo, e apnéico (sem ar).
Todas as funções do corpo entrando em choque, paralisando e o coração a saltar...
E mesmo assim, por todas as vezes expressadas e sentidas, não foi acreditado.
De que adianta então tentar provar agora, se foi tentado de diversas formas possíveis ser digna de verdade e nada acreditou?
Por que não se pode agora fingir tudo como inverso?
Neste momento, a realidade é que apenas me resta fingir e "sorrir".

(Ariane Carvalho Xavier)